BARRINHA

domingo, 1 de abril de 2012

A INFLUÊNCIA SÍRIO LIBANESA NO DESENVOLVIMENTO DE ANÁPOLIS


Colônia Síria Libanesa: contribuições históricas
Letícia Jury

Quando Joaquim Éster, em 1903, chegou em Anápolis, mal poderia imaginar as valiosas contribuições que a Colônia Sírio Libanesa iria promover no município. Nem mesmo qualquer um dos pioneiros, Elias José Isaac, Antônio Jorge Sahium, Pedro Cury, Miguel João, Abrão Jorge Asmar, Antônio Miguel e Jorge Michel, imaginavam a importância de suas idéias, e do seu trabalho, para o desenvolvimento da cidade.
Os sírios libaneses tiveram, e têm ainda hoje, influência direta e indireta na economia, política, esporte, lazer, dentre outros aspectos da vida social anapolina. O prefeito municipal, Pedro Sahium, é uma referência a ser citada, bem assim como o idealizador do Distrito Agroindustrial de Anápolis, conhecido como o “pai do Daia”, o comerciante Sultan Falluh, e um dos maiores empresários do Estado, Mounir Naoun.
De acordo com os registros históricos, no campo esportivo, entre ex-presidentes e colaboradores do Anápolis Futebol Clube, Karim Abrahão, Nassin Farah, Ricardo Naben, Rachid Cury, José Miguel Hajjar, Samir Hajjar e Hado Hajjar tiveram papel fundamental. Na Associação Atlética Anapolina Wahib Aidar, Fued Bittar, Elias Hana, Camilo El Base são nomes de destaque.
Doações – Embora haja controvérsias, o terreno onde foi construída a sede do Clube Recreativo Anapolino, em frente à praça Bom Jesus, foi doado por Jad Salomão. Neste mesmo clube, os jovens árabes foram por diversas ocasiões homenageados. Relata Haydee Jayme, em ‘Anápolis, Sua Vida, Seu Povo, que no dia 21 de abril de 1951, o CRA ofereceu um baile em homenagem “aos talentosos e esforçados jovens anapolinos, que há pouco colaram grau em várias e renomadas academias de ensino superior do país”. Dentre eles: “Amin Antônio, Calixto A Miguel, Paulo Falluh, Calil Dib”. Foram presidentes do clube, Mounir Naoun, Ibrahin Hajjar, Jamil Abrão e João Abrão. 
Os imigrantes também participaram da fundação e contribuíram como diretores de clubes sociais sem personalidade jurídica, como a Juventude Atlética Feminina, fundada em 1943, por Francisca Miguel, chamada de Chiquinha, que enquanto aqui residiu, sempre foi à mola propulsora do progresso, tanto nos setores educacional, recreativo, esportivo, bailes, campanhas filantrópicas e outros. 
Eles participaram também da formação do ‘Clube dos Vinte e Seis’ e da ‘Turma de Amigos Unidos’. No dia 20 de dezembro de 1931, eles decidiram formar um núcleo, para a defesa da Colônia, com a denominação de ‘União Síria’, que muito viria contribuir para o congraçamento da volumosa classe aqui residente, formada, em sua maioria, de comerciantes.
Acia - Na década de 30, quando a Associação Comercial de Anápolis, que mais tarde iria agregar a Indústria, foi fundada, os sírios libaneses participaram ativamente dos seus quadros, tendo como presidentes Sultan Falluh, Alex Salomão, Ruy Abdala e Mounir Naoun. 
Em julho de 1946, por iniciativa do Cônego João Olimpio Pitaluga e do Frei Conall foi fundado o ‘Circulo Operário de Anápolis’, destinado a amparar e congregar, sob todos os pontos de vista, pessoas de ambos os sexos e pertencentes a todas as classes trabalhadoras. Na sua primeira diretoria, um representante da colônia, como vice-presidente, João Asmar.
Da mesma forma, havia como representantes da Colônia no Lions Clube de Anápolis fundado no dia 10 de março de 1957, José Abdala e Gibran El Hajje. Na ata de fundação da primeira loja Maçônica de Anápolis, publicado no livro ‘Anápolis, sua vida, seu povo’, há nomes de sírios libaneses, como de Jad Salomão, como seu primeiro venerável, que é o cargo máximo da entidade. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário