BARRINHA

terça-feira, 12 de novembro de 2013

MODELO DE PLANO DE AULA DE HISTÓRIA


ESCOLA_______________________________________________________________________
ANÁPOLIS, __________ de ___________________ de __________
PLANO DE AULA DE HISTÓRIA
Nº de AULAS PREVISTAS: ______Período de  ______/_____/_____     a      _____/_____/_____
ANO: ______________  TURMA _____________   Ensino Fundamental
PROFESSORA ENILCE CORREA
PLANEJAMENTO QUINZENAL
1. CONTEÚDOS PREVISTOS:
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________
2. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
1ª AULA:             _____/_____/_____
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2ª AULA:             _____/_____/_____
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3ª AULA:             _____/_____/_____
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4ª AULA:             _____/_____/_____
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5ª AULA:             _____/_____/_____
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6ª AULA:           ____/_____/ ______
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. RECURSOS DIDÁTICOS:
_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6. REGISTRO REFLEXIVO:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
7. TEMAS TRANSVERSAIS:
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9. TEXTOS E ATIVIDADES EM ANEXO:

_______________________________                           ________________________________
    Coordenação Pedagógica                                                      Assessoria Pedagógica

Anápolis,  _______/_______/_______                             Anápolis,    _______/_______/_______

EXERCÍCIO SOBRE A CIVILIZAÇÃO ROMANA

Exercícios sobre a civilização romana
Questões:
1. Roma, de simples cidade-estado, transformou-se na capital do país e mais duradouro dos impérios conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e queda do império Romano:

a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo.
b) Redução considerável dos tributos e abolição do poder despótico do tipo oriental.
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista.
d) Ensino democrático dos estóicos e aumento dos privilégios das classes superiores.
e) Estabilização das fronteiras e crescente oferta de mão-de-obra.

 
2. 
O modo de produção asiático foi marcado pela formação de comunidades primitivas caracterizadas pela posse coletiva de terra e organizadas sobre relações de parentesco. Sobre essa estrutura é correto:

a) O Estado controlava o uso dos recursos econômicos essenciais, extraindo uma parcela de trabalho e da produção das comunidades que controlava.

b) Neste sistema verifica-se a passagem da economia de predação para uma economia de produção, quando o homem começa a plantar.

c) O fator condicionante dessa situação foi o meio geográfico, responsável pela pequena produtividade.

d) As relações comunitárias de produção impediram o desenvolvimento do comércio e da mineração na Antiguidade Oriental.

e) Os povos que não vivam próximos aos grandes rios não se desenvolveram e tenderam a desaparecer.


3. As “Guerras Civis” na Roma republicana foram provocadas pela (o):

a) Tentativa de Julio César de tornar-se imperador.
b) Ascensão dos homens novos e militares e marginalização da plebe.
c) Assassinato dos irmãos Graco, dividindo os romanos em dois partidos.
d) Insistência dos cristãos contra a escravidão e o culto ao imperador.
e) Disputa política envolvendo os membros dos dois Triunviratos.

 
4.
 Entre os séculos IV e V os pequenos proprietários arruinaram0se e buscaram a proteção dos grandes latifundiários. Surgiu assim o Patrocínio, instituição pela qual, em troca de proteção, um homem livre obrigava-se a cultivar um grande lote de terra para um grande proprietário. Grande parte da mão-de-obra foi recrutada entre os “bárbaros”, que invadiam as fronteiras do Império. O texto retrata:

a) A barbarização do exército e anarquia militar.
b) A principal forma de salvação do Império.
c) A abertura das fronteiras romanas aos povos germânicos.
d) A consolidação do sistema escravista de produção.
e) O surgimento do colonato e das Villae, com economia natural.

 
5.
 No decorrer do último século de República em Roma, as conquistas se ampliaram, o exército passou a ser permanente e tornou-se profissional, o que foi fundamental para:

a) A realização das guerras civis, contra os plebeus, impedindo a reforma agrária.
b) Conter as invasões bárbaras que ameaçavam as fronteiras ao norte.
c) Preservar as culturas políticas, limitando as conquistas realizadas pela plebe.
d) A ascensão dos militares ao poder, e conseqüentemente para decadência do Senado.
e) Consolidar as instituições republicanas, impossibilitando o retorno à monarquia.


06. Durante o Baixo Império, o império romano viveu grande decadência, determinada principalmente pela (o):

a) Retração das guerras, responsável pela diminuição do afluxo de riquezas, crise do escravismo e da própria produção.

b) Adesão imperador Constantino ao cristianismo, diminuindo a força do paganismo.

c) Guerra civil envolvendo patrícios e plebeus, determinando a decadência da produção agrícola.

d) Édito do máximo, responsável pela ilimitação da produção agrícola e importação de escravos.

e) Crise do comércio romano pelo Mediterrâneo, dado a ocupação realizada pelos povos bárbaros.


07. (FUVEST) A civilização ocidental contemporânea apresenta traços marcantes que revelam o legado cultural da civilização romana. Indique e comente dois traços.


08. (OSEC) Quanto à história de Roma, pode-se considerar que:

a) Roma conheceu apenas dois regimes políticos: a República e o Império;
b) na passagem da República para o Império, Roma deixou de ser uma democracia e transformou-se numa
oligarquia;
c) os irmãos Tibério e Caio Graco foram dois tribunos da plebe que lutaram pela redistribuição das terras
do Estado (ager publicus) entre todos os cidadãos romanos;
d) no Império Romano, todos os homens livres - os cidadãos - eram proprietários de terras;
e) no Império Romano, a base da economia era o comércio e a indústria.


09. (OSEC) Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:

a) foi conseqüência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;
d) incentivou o crescimento do comércio;
e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.


10. (PUC) A religião romana assemelhava-se à grega porque ambas:

a) tinham objetivos nitidamente políticos;
b) eram terrenas e práticas, sem conteúdo espiritual e ético;
c) eram apoiadas por uma forte classe sacerdotal;
d) condenavam as injustiças sociais;
e) tinham como centro a crença na vida futura.



Resolução:
01. C
02. A
03. B
04. C
05. D
06. A
07. O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.
08. C
09. A
10. B


Exercícios sobre Brasil contemporâneo


Questões:

01. (MACKENZIE) O governo Juscelino Kubitschek foi responsável:

a) pela eliminação  das disparidades regionais;
b) pela queda da inflação e da dívida externa;
c) por uma política nacionalista e de rejeição ao capital estrangeiro;       
d) pela entrada maciça de capitais estrangeiros e a internacionalização de nossa economia;
e) por práticas antidemocráticas como a violenta repressão às rebeliões de Jacareacanga e Aragarças;
                                
                                
02. Quais os partidos políticos que dominaram a vida parlamentar brasileira durante o período democrático de 1946 e 1964?
                                
a) PTB, UDN e PCB
b) PL, UDN e PSD
c) PDS, MDB e PCB
d) PSB, UDN e PTB
e) PSD, UDN e PTB


03. (UFS) No Governo de Juscelino Kubitschek, a base do seu programa administrativo era constituído do trinômio:

a) saúde, habitação e educação;
b) estradas, energia e transporte;
c) indústria, exportação e importação;
d) agricultura, pecuária e reforma agrária;
e) comércio, sistema viário e poupança.


04. (UNIP) O projeto nacional desenvolvimentista implicou a substituição das importações e foi implementado, principalmente, no governo do presidente:

a) Juscelino Kubitschek
b) Jânio Quadros
c) General Emílio Médici
d) Marechal Costa e Silva
e) General Eurico Dutra.


05. (UFPA) A crise gerada pela renúncia do presidente Jânio Quadros foi temporariamente controlada em 1961 através:

a) das reformas de base com vistas à modernização do País;
b) do Ato Institucional número 5 e o fechamento total do regime;
c) da emenda parlamentarista, que possibilitou a posse do presidente João Goulart, conciliando setores em confronto;
d) do Golpe Militar, provocando a queda do governo Goulart;
e) da convocação de novas eleições, desfazendo o clima de acirramento da oposição entre esquerda e direita.


06. O Parlamentarismo funcionou nas seguintes épocas no Brasil:

a) No governo de D. Pedro II e no governo de João Goulart.
b) No primeiro Império - Governo de D. Pedro II.
c) No governo de Getúlio Vargas após 1937.
d) Logo após a Proclamação da República.
e) Nos primeiros três anos da Ditadura Militar iniciada em 1964.


07. (UFS) No Brasil, os anos de 1954 com o suicídio de Vargas, 1961 com a renúncia de Jânio e 1964 com a deposição de Jango, são datas que marcam os momentos críticos do:

a) populismo
b) parlamentarismo
c) municipalismo
d) tenentismo
e) federalismo


08. Em 06 de janeiro de 1963, realizou-se o plebiscito que reuniu os votos de mais de 12 milhões de cidadãos. Após o resultado do plebiscito, Goulart assumiu plenamente o poder presidencial. Que questão foi discutida no plebiscito  acima citado?

a) A validade da eleição de João Goulart.
b) A implementação das reformas de base por Jango.
c) O sistema de governo (presidencialista X parlamentarista).
d) A renúncia do presidente Jânio Quadros.
e) A Lei de Remessa de Lucros, reforma urbana e tributária.


09. (UNIFENAS) Os governos de 1964 e 1968 caracterizaram-se por:

a) pluripartidarismo e Lei de Segurança Nacional;
b) bipartidarismo e balança comercial positiva;
c) aumento do setor tecnoburocrático e uma crescente participação do Estado na economia;
d) reforma constitucional e um crescimento das pequenas e médias empresas;
e) anistia política e uma melhor distribuição de renda.


10. (UNESP) Leia os seguintes versos:

Sobre a cabeça os aviões
sob os meus pés os caminhões
aponta contra os chapadões
meu nariz

Eu organizo o movimento
eu oriento o carnaval
eu imagino o monumento
no planalto central
do país
    
Esses são versos iniciais da canção de Caetano Veloso que constituiu a matriz estética de um movimento musical do final da década de 60, de curta duração, em que, segundo estudiosos, "a preocupação política foi deslocada da área da revolução social para o eixo da rebeldia, da intervenção localizada, da política concebida enquanto problemática cotidiana ligada à vida, ao corpo, ao desejo, à cultura em sentido amplo". (Heloisa Buarque de Holanda e Marcos A. Gonçalves, Cultura e participação nos anos 60)

Esse movimento musical é conhecido como:

a) Bossa Nova
b) Concretismo
c) Primitivismo
d) Antropofagias
e) Tropicalismo



Resolução:
01. D
02. E
03. B
04. A
05. C
06. A
07. A
08. C
09. C
10. E


ENTRE CÁLICE E APESAR DE VOCÊ, MÚSICA E POLÍTICA NOS ANOS DE CHUMBO



Na noite de 31 de março para 1º de abril de 1964, o presidente instituído João Goulart foi
deposto por um golpe de Estado organizado por forças civis e militares. Apoiados pelo
empresariado urbano e rural, por diversos setores da classe média, por políticos da UDN e do
PSD, pela Escola Superior de Guerra e pelo Alto-Comando das Forças Armadas, os golpistas
instalaram uma ditadura militar que perduraria por mais de 20 anos. O regime foi marcado pelo
autoritarismo, pela intensa repressão policial e militar, pela limitação dos direitos políticos dos
cidadãos, pela contínua violação dos direitos humanos de presos políticos e pela supressão da
liberdade de expressão.
Resumo
As canções de protesto compostas durante a ditadura militar (1964-85) ocupam
um lugar especial na história da música popular brasileira. Esse tipo de registro,
explorado como material didático-pedagógico nas aulas de História do Brasil,
além de tornar as experiências em sala de aula mais prazerosas e instigantes,
enriquece a bagagem cultural dos alunos e convida-os a refletir sobre a
importância da luta pela democracia e pelo respeito aos direitos humanos.
Propomos aqui que esse trabalho seja realizado com base nas músicas “Apesar
de você” e “Cálice”, de Chico Buarque de Hollanda.
Palavras-chave
Ditadura militar no Brasil; censura e repressão; resistência cultural; Chico
Buarque de Hollanda; música popular brasileira
Série-alvo
Ensino Médio (3ª ANO)
Duração
1 aula de 50 minutos
Objetivos
Valorizar o patrimônio cultural brasileiro e incentivar atitudes favoráveis ao
fortalecimento da democracia.
Interface
Artes Plásticas, Ciências, Geografia, Língua Portuguesa.
A despeito da ação dos órgãos de censura e do recrudescimento da repressão após o AI-5,
entre 1968 e meados da década seguinte, artistas oriundos de uma classe-média progressista
se projetaram no panorama musical entoando canções de protesto contra a ditadura militar e
contribuindo para consolidar a mítica da MPB como espaço de resistência política e cultural.
Nesse cenário, um nome se destacou entre os demais: Chico Buarque de Hollanda. Neto do
filólogo e lexicógrafo Aurélio Buarque de Hollanda e fi lho do historiador e sociólogo Sérgio
Buarque de Hollanda, Chico Buarque parece ter nascido sob o signo das letras. Esse dom,
aliado a uma profunda aversão aos regimes autoritários – outra marca familiar – logo se fi zeram
presentes em sua obra, de forma que os versos fortes e politicamente comprometidos de suas
canções não tardaram a torná-lo um dos artistas mais visados pela censura militar.
Essa situação fez com que se exilasse na Itália, de onde regressaria mais de ano depois, em
março de 1970, convencido pelo diretor de sua gravadora, André Midani, de uma suposta
melhora na situação do país. Mas chegando aqui, percebeu que havia acontecido o inverso.
A censura tornara-se menos tolerante e a repressão mais violenta. Foi nessa época, chamada
“anos de chumbo”, que ele escreveu algumas de suas mais conhecidas canções de protesto.
Analisar essas composições juntamente com os alunos em sala de aula, evidenciando a estreita
relação entre a produção cultural e os acontecimentos políticos daquela época, é uma ótima
oportunidade de mostrar para os jovens que diferentes registros podem ser utilizados na
investigação histórica, e que a música tem muito a nos revelar sobre a situação política e social
do país nos tempos da ditadura.
Sugerimos aqui que o professor trabalhe com as composições “Apesar de você” (Chico
Buarque, 1970) e “Cálice” (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973). Chegando à sala de aula, sua
primeira providência deve ser colocar as músicas para tocar e distribuir as letras para os alunos.
Feito isto, o professor pode estabelecer um diálogo com a turma, perguntando se algum deles
já tinha ouvido uma daquelas canções, se são capazes de identificar o cantor e se compreendem
o signifi cado das letras apresentadas. À medida que as respostas aparecem, o professor deve
expor para os alunos uma pequena biografi a do cantor e explicar as condições em que cada
música foi escrita. Num segundo momento, as letras podem ser analisadas separadamente,
explorando-se o signifi cado de cada estrofe e reportando-o à conjuntura política da época,
particularmente no que se refere à supressão dos direitos políticos e à violação dos direitos
humanos dos cidadãos.
“Apesar de você” foi escrita por Chico Buarque assim que voltou do exílio. Uma leitura
menos atenta da música permite que seu tema seja identificado como uma briga de namorados,
e talvez tenha sido por esse motivo que a composição passou tão facilmente pela censura.
Lançado num compacto simples, o disco vendeu quase cem mil cópias e estourou nas rádios
de Rio de Janeiro e São Paulo, sendo cantado em coro por todos aqueles que se mostravam
descontentes com a manutenção do regime autoritário. Eis a letra da música:

No auge do sucesso desse animado samba, tornado hino de resistência à ditadura, um jornal
insinuou que a música teria sido escrita em homenagem ao presidente Emílio Garrastazu
Médici. Só então a letra da música foi compreendida pelos militares, que responderam à afronta
proibindo a execução da música, invadindo a gravadora e recolhendo os discos produzidos
para destruí-los posteriormente.
Como podemos observar, a despeito da falha do censor responsável pela liberação da música,
seus versos contêm referências explicitas ao fi m da liberdade de expressão (Hoje você é quem
Apesar de você
(Chico Buarque, 1970)
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda a escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar
O perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar
Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Inda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
Que esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear
De repente, impunemente
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia
Você vai se dar mal
Etc. e tal
manda / Falou, tá falado / Não tem discussão), seu descontentamento com a continuidade
do regime (Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros,
juro), e a esperança na reabertura política (Apesar de você / Amanhã há de ser / Outro dia).
Questionado sobre quem era o “você” referido na música, Chico respondeu: “É uma mulher
muito mandona, muito autoritária”. Oportuna analogia...
Já a música “Cálice” foi composta com Gilberto Gil em 1973, para ser especialmente
apresentada num evento promovido pela PolyGram. No entanto, no dia do show, os microfones
dos cantores foram desligados para que não pudessem cantar sua música. Indignados, os
cantores procuraram outros microfones para que pudessem cantar, mas um a um eles foram
sucessivamente desligados. Desta forma, calou-se “Cálice”.
Boa parte da música pode ser compreendida como uma analogia entre a Paixão de Cristo e o
sofrimento vivido pela população aterrorizada com o regime autoritário. O refrão (Pai, afasta
de mim esse cálice / De vinho tinto de sangue) faz uma alusão à agonia de Jesus no Calvário,
mas a ambigüidade da palavra cálice/cale-se, repetida ao fundo por uma segunda voz, nos
remete à atuação da censura. Por outro lado, num outro trecho da música (Silêncio na cidade
não se escuta) é ressaltada a incapacidade das forças repressoras para fazerem calar a voz da
resistência. Nesse caso, o silêncio pode ser metaforicamente relacionado à censura, que, desta
forma, é entendida como uma quimera, um absurdo inexistente, porque, na medida em que o
silêncio não se escuta, o silêncio não existe. Isso porque, como se afi rma num outro trecho:
“mesmo calada a boca, resta o peito e mesmo calado o peito, resta a cuca”. Em outras palavras,
a censura pode calar seus opositores, mas não é capaz de impedir-lhes o sentir e o pensar.
Cálice
Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973
(refrão)
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Me embriagar até que alguém me esqueça
A música também nos remete a outras questões como os mal explicados desaparecimentos
e execuções de presos políticos (Tanta mentira, tanta força bruta), a angústia trazida pelo
convívio com os aparelhos repressores (Como é difícil acordar calado) e a falta de perspectiva
para a instauração de um regime democrático (Como é difícil, pai, abrir a porta). Veja a letra
da música:
Ao longo de sua exposição e do diálogo com os alunos, o professor deve ter a preocupação
constante de valorizar o patrimônio cultural brasileiro e incentivar entre os alunos atitudes
favoráveis ao fortalecimento da democracia. Para evidenciar como a conjuntura política de uma
época pode interferir diretamente na produção e na disponibilização de artigos culturais, vale
lembrar que “Apesar de você” e “Cálice”, juntamente com “Tanto mar”, só seriam liberadas
para gravação em 1978, quando havia tido início o processo de abertura.
Como desdobramento dessa atividade, sugerimos que os alunos sejam incentivados a trazer,
para a aula seguinte, músicas atuais que expressem em suas letras, de maneira mais ou menos
explícita, uma visão crítica dos problemas políticos e sociais enfrentados pela população nos
dias de hoje. É recomendável que o professor conduza a atividade de uma maneira divertida,
bem humorada e com muita paciência, pois atividades envolvendo músicas que fazem parte
do repertório cotidiano dos alunos costumam inspirar reações bastante empolgadas. Depois
de apresentarem suas canções, os alunos serão convidados a analisar o conteúdo das letras,
explicando o signifi cado dos trechos mais importantes e relacionando-os a questões políticas e
sociais concretas. Ao avaliá-los, o professor deve verifi car se os alunos demonstram autonomia
intelectual, sendo capazes de analisar criticamente e adequadamente fontes históricas
alternativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNS, P.E. Brasil: nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1884.
CASTRO, Rui. Chega de saudade. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CHIAVENATO, Júlio José. O golpe de 64 e a ditadura militar. São Paulo: Moderna, 1994.
CONY, Carlos Heitor et. al. Vozes do golpe. 4 vols. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
CÔRTES, Norma et alii. História. Reorientação curricular (versão preliminar). Secretaria de Estado
de Educação do Estado do Rio de Janeiro. 2004.
GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
___. A ditadura escancarada. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
___. A ditadura derrotada. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
HOMEM DE MELLO, Zuza e SEVERIANO, Jairo. A canção no tempo: 85 anos de música brasileira:
de 1958 a 1985. São Paulo: Editora 34, 1997.
REIS, Daniel Aarão. Ditadura militar, esquerdas e sociedades. Rio de Janeiro: Zahar, 2000

EXERCÍCIOS SOBRE O SEGUNDO REINADO REVOLTAS REGENCIAIS COM GABARITO

Exercícios sobre o segundo reinado - governos regenciais
Questões:

01. (MACKENZIE) Do ponto de vista político, podemos considerar o Período Regencial como:
                           
a) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país;

b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política, foram amplamente atendidas;

c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840;

d) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições daselites, classe média e camadas populares;

e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao Imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na Regência.

                               
02. Durante o Período Regencial:

a) A monarquia imperial foi extinta, instaurando-se em seu lugar uma república Federalista.
b) Os regentes governaram de forma absoluta, fazendo uso indiscriminado do Poder Moderador.
c) As facções federalistas criaram a Guarda Nacional, um eficiente instrumento militar de oposição ao Exército regular da Regência.
d) Nenhum regente fez uso do Poder Moderador, o que, de certa maneira, permitiu a prática do Parlamentarismo.
e) As camadas populares defenderam a proclamação de República e a extinção da escravidão.


03. (UFGO) O Período Regencial apresentou as seguintes características, menos:

a) Durante as Regências surgiram nossos primeiros partidos políticos: o Liberal e o Conservador.

b) O Partido Liberal representava as novas aspirações populares, revolucionárias e republicanas.

c) Foi um período de crise econômica e social que resultou em revoluções como a Cabanagem e a Balaiada.

d) Houve a promulgação do Ato Adicional à Constituição, pelo qual o regente passaria a ser eleito diretamente pelos cidadãos com direito de voto.

e) Formaram-se as lideranças políticas que teriam atuação marcante no II Reinado.


04. (UNITAU) Sobre o Período Regencial (1831 - 1840), é incorreto afirmar que:

a) foi um período de intensa agitação social, com a Cabanagem no Rio Grande do Sul e a guerra dos Farrapos no Rio de Janeiro;
b) passou por três etapas: regência trina provisória, regência trina e regência una;
c) foi criada a Guarda Nacional, formada por tropas controladas pelos grandes fazendeiros;
d) através do Ato Adicional as províncias ganharam mais autonomia;
e) cai a participação do açúcar entre os produtos exportados pelo Brasil e cresce a participação do café.


05. (UFS) " ... desligado o povo rio-grandense da comunhão brasileira, reassume todos os direitos da primitiva liberdade; usa destes direitos imprescritíveis constituindo-se República Independente; toma na extensa escala dos Estados Soberanos o lugar que lhe compete ..."

Na evolução histórica brasileira, pode-se associar as idéias do texto à:

a) Sabinada
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Guerra dos Emboabas
e) Confederação do Equador


06. "Em 1835, o temor da "haitianização" que já era comum entre muitos políticos do Primeiro Reinado, cresceu ainda mais depois da veiculação da estarrecedora notícia: milhares de escravos se amotinaram a ameaçavam tomar a capital da província."

O texto acima trata da:

a) Balaiada ocorrida no Maranhão;
b) Revolta dos Quebra-Quilos, verificada em Alagoas;
c) Abrilada, detonada no Rio de Janeiro;
d) Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia;
e) Revolta do "Maneta", destravada em Pernambuco.



07. (MACKENZIE) Marque a alternativa que completa corretamente o texto seguinte:

"As causas da ___________ eram anunciadas por Bento Gonçalves no manifesto de 29 de agosto de 1838, denunciando as altas tarifas sobre os produtos regionais: ouro, sebo, charque e graxa, política esta responsável pela separação da província de São Pedro do Rio Grande do Sul da Comunidade Brasileira."

a) Cabanagem
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Sabinada
e) Confederação do Equador


08. (UCSAL) Durante as primeiras décadas do Império, a Bahia passou grande agitação política e social. Ocorreram várias revoltas contra a permanência de portugueses que haviam lutado contra os baianos na Guerra da Independência. Entre as revoltas a que o texto se refere pode-se destacar, a:

a) Farroupilha
b) Praieira
c) Balaiada
d) Cabanagem
e) Sabinada


09. (FUVEST) A Sabinada que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e março de 1838:

a) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebeliões do período;

b) foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou com a participação popular;

c) assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela posição anti-escravista quanto pela violência e duração da luta;

d) aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do período pela defesa do regime monárquico;

e) pode ser vista como uma continuidade da Rebelião dos Alfaiates, pois os dois movimentos tinham os
mesmos objetivos.


10. (UMC) O Golpe da Maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo:

a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões provinciais;
b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e social;
c) a melhor saída para impedir que o Partido Liberal dominasse a política nacional;
d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da escravidão;
e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e simpatizante do socialismo utópico.



Resolução:
01. D
02. D
03. B
04. A
05. C
06. D
07. C
08. E
09. B
10. A


EXERCÍCIOS SOBRE O SEGUNDO REINADO COM GABARITO

Exercícios sobre governos de D. Pedro II
Questões:

01. (FATEC) No século XIX, a Inglaterra pressionou diversos países para acabar com o protecionismo comercial e com a existência do trabalho compulsório. Esta situação culminou, em 1845, com o "Bill Aberdeen". Neste contexto o Brasil sancionou, em 1850, a "Lei Eusébio de Queirós" tratando:
                               
a) da extinção do sistema de parceria na lavoura cafeeira;
b) da manutenção dos arrendamentos de terras;
c) da extinção do tráfico indígena entre o norte e o sul do país;
d) da manutenção do sistema de colonato na lavoura canavieira;
e) da extinção do tráfico negreiro.
                               
                               
02. A vida político-partidária do Segundo Reinado estava marcada pela disputa entre o Partido Conservador e o Partido Liberal. Os dois partidos se caracterizavam por, exceto:

a) defender a monarquia e a preservação do "status quo";
b) representar os interesses da mesma elite agrária;
c) possuir profundas diferenças ideológicas e de natureza social;
d) ter origem social semelhante;
e) alternarem-se no poder, com predomínio dos conservadores.


03. (UCSAL) A Tarifa "Alves Branco", de 1844, como ficou conhecido o decreto do Ministro da Fazenda, foi uma medida de caráter:

a) reformista
b) monopolista
c) protecionista
d) mercantilista
e) cooperativista


04. (UCSAL) A introdução da mão-de-obra do imigrante na economia brasileira contribuiu para a:

a) desestruturação do sistema de parceria na empresa manufatureira;
b) implantação do trabalho assalariado na agricultura alimentícia;
c) expansão do regime de co-gestão nas indústrias alimentícias;
d) criação de uma legislação trabalhista voltada para a proteção do trabalho;
e) reordenação da estrutura da propriedade rural nas áreas de produção açucareira.


05. (UBC) A Lei de Terras de 1850 garantia que no Brasil:

a) os escravos, após sua libertação, conseguissem um lote de terras para o cultivo de subsistência;
b) os brancos pobres ficassem ligados como meeiros aos grandes proprietários de terras;
c) todas as terras fossem consideradas devolutas e, portanto, colocadas à disposição do Estado;
d) a posse de terra fosse conseguida mediante compra, excluindo as camadas populares e os imigrantes europeus da possibilidade de adquiri-la.
e) n.d.a.


06. (UNIFENAS) A Questão Christie refere-se a:

a) Aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai.
b) Atritos entre a Inglaterra e diversos países  da América Latina.
c) Aliança da Inglaterra com a Argentina contra o Brasil.
d) Atritos entre a Inglaterra, Argentina e Uruguai.
e) Atritos diplomáticos entre Inglaterra e Brasil.


07. (UBC) Na Guerra do Paraguai (1865 - 1870), o Brasil teve como aliados:

a) Bolívia e Peru
b) Uruguai e Argentina
c) Chile e Uruguai
d) Bolívia e Argentina
e) n.d.a.


08. (FGV) "Será o suplício da Constituição, uma falta de consciência e de escrúpulos, um verdadeiro roubo, a naturalização do comunismo, a bancarrota do Estado, o suicídio da Nação."
No texto acima, o deputado brasileiro Gaspar de Silveira Martins está criticando:

a) a proposta de Getúlio Vargas de reduzir a remessa de lucros;
b) o projeto da Lei dos Sexagenários, do gabinete imperial da Dantas;
c) o projeto de legalizar o casamento dos homossexuais, de Marta Suplicy;
d) a proposta de dobrar o salário mínimo, de Roberto de Campos;
e) o projeto de Luís Carlos Prestes de uma "República Sindicalista".


09. (FAZU) As estradas de ferro brasileiras, no Segundo Reinado, concentravam-se, sobretudo, nas regiões de produção:

a) do fumo
b) do milho
c) do cacau
d) do café
e) do feijão


10. (FESP) Assinale a alternativa que não contém uma característica referente ao período do Segundo Reinado (1845 - 1889):

a) fim do tráfico negreiro;
b) elaboração da primeira Constituição brasileira;
c) domínio do café no quadro das exportações brasileiras;
d) início da propaganda republicana;
e) participação na Guerra do Paraguai.



Resolução:
01. E
02. C
03. C
04. B
05. D
06. E
07. B
08. B
09. D
10. B


AS FASES DE GETÚLIO VARGAS


REVOLUÇÃO FRANCESA


EGITO ANTIGO PARTE 2


EGITO ANTIGO