1. O entrevistado diz que valorizamos demais o termo digital, quando tudo é cultura. Ao falar sobre isto ele chama a atenção para dois polos, a superestimação e a subestimação da tecnologia. Trace um paralelo entre as ideias do entrevistado com as ideias de Lucia Santaella, no texto discutido em nosso alongamento, quando ela se refere a definição de mídia.
Marcelo Tas em sua entrevista chama a atenção para a super valorização do termo digital, onde tudo que ocorre comunicação hoje, serviços prestados por exemplo, acaba por levar a nomeclatura de digital. Teriamos a necessidade de reforçar esse termo por não entendermos direito a dimensão dessa formação cultural em que vivemos nesse contexto histórico atual e que tomou proporções gigantescas com a velocidade de informações processadas, interatividade, compactação de dados que anteriomente era necessario um aparato tecnológico imenso e um custo elevado.
As gerações mais antigas subtimam a cultura digital em que vivemos hoje por medo e preconceito pela dificuldade que possuem em aprender a manipular com ferramentas que são intitulados digitais. Não levam em conta que quando usamos o computador para escrever um texto estamos utilizando uma maquina de escrever também, só que esta possuiria uma infinidade de recursos que facilitaria o seu trabalho.
As gerações atuais são nativos nas tecnológias digitais e acreditam que as pessoas que dominam essas tecnológias são gênios como cita Marcelo Tas supertimando-as e achando válido o efeito e não a causa, acreditando que o importante é a ferramenta com que se transmite a informação e não o transmissor . Lucia Santaella em seu texto “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós humano” p.03 “ Mídias são meios e meios, como o próprio nome diz, são simplismente meios, isto é, suportes materiais, canais físicos nos quais as linguagens se corporificam e através dos quais transmitem” e “ embora sejam responsáveis pelo crescimento e multiplicação dos códigos e linguagem, meios continuam sendo meios” onde o transmissor pode até ser mediocre porém se torna um gênio quando consegue transmitir sua informação utilizando os meios digitais.
2. Temos enfrentado alguns problemas com o Moodle em nossa disciplina e tenho solicitado que usem outras ferramentas disponíveis na Internet para postarem suas respostas. Discuta esta relação com a afirmação do entrevistado: "Inventou-se a motocicleta e a gente fica falando do pneu, do aro, do banquinho e não falar da viagem que a gente tem para fazer com a moto." (pp. 234).
Não podemos acreditar que os únicos meios de transmitir as informações e nos comunicarmos será por meios digitais e ainda se tratando de midias digitais existem inumeros formatos e meios para conseguir esse intento. A comunicação encontra formas de se propagar, independente de nossa vontade. Exemplo claro é quando um video é lançado na internet e se torna viral ( a Luísa que está no Canadá).
3. O que é relevância e discernimento, defendidos pelo entrevistado.
Para Marcelo Tas, o discernimento seria o norteador de nossas atitudes. Com a universalização das informações disponiveis se tornou necessário passar essas informações por um filtro e construir redes conectivas que consequentemente nos levará ao conhecimento.
O verdadeiro gargalo está na relevância desse conhecimento ou a forma como ele se propagará. Para Marcelo Tas a palavra relevância hoje é sinônimo de audiência, quanto mais visto, mais acessado, mais procurado, mais importante se torna o assunto.
4. Na entrevista Marcelo Tas fala sobre educação, função de professor e a tecnologia. Discuta o pensamento dele, vinculando-o com outro autor da área de educação.
A tempos atrás, o professor transmitia seu conhecimento em sala de aula e ficou conhecido como “detendor do saber” . Discerminava seu conhecimento e depois avaliava se esse conhecimento havia sido assimilado pelo aluno.
Hoje em dia as novas tecnológias tem se mostrado como uma ferramenta em prol da qualidade do ensino na sala de aula e mecanismo de estimulo no processo ensino apendizado e que rompe com a mobilidade. Contribui de forma significativa na praticidade de se planejar esse ensino pelo professor.
“A educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza a medida de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes”. (BELLONI, 1999. p.54).
O professor quando usa as novas tecnológias necessita orientar seus alunos á selecionar esse conhecimento de forma coerente, objetivando –o. Precisa ensinar por competências. Orientar a solucionar problemas, mobilizar recursos visando solucionar esses problemas. Competência não se alcança, desenvolve-se como diz Vasco Moretto. “Competência é fazer bem o que nos propomos a fazer”.O professor deve dar mais ênfase no desenvolvimento de competências do que em habilidades ( habilidade é saber fazer).Parar de ter medo de ousar, quebrar paradigmas e promover uma construção interativa de conhecimento.”Em algumas profissões que dependem totalmente das tecnologias, a renovação das competências é evidente.(...)Se surgissem novas competências, não seria para responder a novas possibilidades técnicas, mas devido à transformação da visão ou das condições de exercício da profissão.”(Perrenoud, P. Dez novas competências para ensinar. Artmed, 2000).
5. "Então a gente já vive imerso nesta gelatina de informação e cada pessoa tem o seu filtro, sua maneira de se relacionar com isso." (pp 241). Comente esta afirmação tendo por base a caracterização da cultura digital ou cibercultura em Lucia Santaella.
Vivemos hoje imersos em comunicação e a função da comunicação é ligar contextos e só assim que a linguagem tem sentido com toda a convergência de mídias e de culturas . Filtrar o que chega pelas mídias digitais, aprender e apreender o conhecimento é construir significados para a vida em toda a sua complexidade.